A hist
Com o sucesso do The Nada a Ver Daily, o fanzine passou a consumir cada vez mais tempo. Resolvemos abandonar o curso de Mecatrônica Nuclear para Foguetes e Tratores e percebemos a graduação em Comunicação Social como a única chance de concluir um curso superior, nos dando assim direito a uma cela especial em caso de prisão.
No Campus éramos figuras mais populares do que qualquer campeão mundial de truco. Achávamos que era hora de investir na política. Nossos abaixo-assinados mobilizavam dezenas de assinaturas. Usávamos camisas do Che Guevarra que nunca eram lavadas. Passávamos o dia nos drogando no DCE. Éramos líderes estudantis. Foi quando as coisas começaram a ruir.
Estávamos escolhendo o nosso grito da viagem para o Encontro de Estudantes de 85, em Cuiabá. Pela primeira vez eu e Victor Mazzei nos vimos lado-a-lado de lados opostos. Eu apoiåva a ala do “ô, ô, ô, comunicação é o terror” e Victor estava com os que gritavam “au, au, au, comunicação é animal”. Como medida conciliatória, foi adotado “ô, ô, ô, comunição é animal”. Com esse grito, a viagem foi um fracasso total, e apesar de todo planejamento logístico da viagem Vitória-Cuiabá via Porto Alegre, chegamos alguns meses atrasados no Encontro.
Decidimos que não fazia mais sentido fazer um fanzine de humor enquanto houvesse discórdias do tipo essa cueca é minha ou é sua. Resolvemos então que só iriamos voltar com o Nadaver quando inventassem a internet.
Victor Mazzei não conseguia aguentar mais de 100 Km sem pedir para encostar para dar uma mijadinha