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Senna

Pra início de conversa: o filme é bom. Mas poderia ser ainda melhor. A impressão que eu tive é que o diretor não acompanhou assim tão de perto a carreira do brasileiro e acabou fazendo uma colagem de seus grandes feitos. Quem já viu alguns documentários sobre Senna, vai perceber que muitas passagens são repetidas. Contudo, traz uma novidade incrível para todos que acompanharam a carreira do brasileiro: os bastidores da desclassificação de Senna, após a batida com Alain Prost, em 1989. Aliás, esse me pareceu o ponto forte do filme, ao retratar a constante rivalidade entre o piloto que dá nome ao filme versus os franceses Prost e Jean Marie Ballestre, este, presidente da Federação de Fórmula 1 à época, que sempre beneficiou discaradamente o piloto conterrâneo. A cena da reunião entre pilotos antes da corrida de Suzuka de 1990 é antológica. Vale a pena prestar muita atenção ao que Nelson Piquet fala na reunião para entender como Senna foi garfado no ano anterior. Os bastidores são todos ótimos.
Porém, o filme perdeu muitos pontos comigo ao não mostrar dois dos momentos mais marcantes de sua trajetória: a incrível largada de Senna numa chuva braba em Donington Park, em 1993 (considerada por muitos a maior largada de um piloto) e a vitória em Interlagos, também em 1993, em que o brasileiro foi cercado na pista por centenas de brasileiros festejando mais uma vitória em casa. Enfim, para o resgate histórico da obra ficar completo, abaixo vão os trechos a que me referi.

A origem

Que roteiro! Uma trama bem original que mostra como Leonardo DiCaprio e sua gangue fazem para penetrar na mente de poderosos, enquanto eles dormem, a fim de obter informações confidenciais. Embora os protagonistas passem quase o filme inteiro dormindo, defitivamente não há o menor clima para a audiência do cinema tirar sequer uma pestaninha.

Comentário Nadaver: costumo fazer uma comparação muito esdrúxula e sem fundamento algum entre Leonardo DiCaprio e a banda Los Hermanos. Na minha concepção, ambos têm uma mancha na carreira, porém que serviu para torná-los visíveis ao grande público: Titanic, para o ator, e Ana Julia, para os músicos. Só que depois de tais obras, achincalhadas por todos, diga-se de passagem, tanto DiCaprio como os Hermanos, produziram o melhor de suas trajetórias artísticas, oferecendo ao público, respectivamente, filmes interessantíssimos como Diamantes de Sangue e Os Infiltrados, e álbuns inesquecíveis como Bloco do Eu Sozinho e Ventura.

A todo volume

Se você arranha um violãozinho, toca guitarra ou curte rock´n roll dos bons precisa assistir esse documentário. Imagina só reunir Jimmy Page (Led Zeppellin), The Edge (U2) e Jack White (White Stripes) para falar da paixão dos caras pela guitarra. Algumas cenas são de arrepiar. A nota negativa fica para a interpretação meio exagerada de Jack White. Mas não compromete a obra. Enfim, se você quer ser como esses virtuoses: exija mais de si, e não espere o sol abrir pra ver o filme. Vai sem dó.

Hanami – Cerejeiras em flor

Estupendo filme que mostra como já não se fazem mais filhos como antigamente. Os pais já velhinhos vão procurar os filhos para um adeus decente mas eles só querem saber de trabalhar, cachaçar e jogar Nintendo Wii. Se eles ainda jogassem Autorama, até que vai…

A partida

Filme japonês que passou rapidamente pelos cinemas, que conta a história de um violoncelista amargurado e insosso que é demitido e precisa tomar tenência. Desempregado, sem nada no bolso, aceita o primeiro emprego que aparece: de agente funerário. E não é que embelezando aqueles que partem dessa para outra, o sujeito encontra uma bela motivação para sua vida.

obs: Não sei se perceberam mas o nome do filme (A Partida) é bem sugestivo para essa época de Copa do Mundo.

A Teta Assustada

Apesar desse nome e de ter sido feito no Peru, esse filme não tem nada de pornô. Aliás, tem sim quando penso que foi uma sacanagem comigo ter ficado 90 minutos vendo sobre a história da lenda da Teta Assustada que era transmitida pelo leite materno de mães estupradas. Pra falar a verdade, nem vou me alongar muito não… Não assista porque muito ruim!

This is it

this is it

O filme é oportunista? Sim, totalmente. É meio mórbido? Completamente. É caça-níquel? Da cabeça aos pés. Então, afinal de contas, por que foi bem avaliado? Porque simplesmente é um documentário sensacional que mostra a preparação daquele que seria o maior show de todos os tempos. Foi uma surpresa para mim ver todo o envolvimento de Michael Jackson com o espetáculo e a consideração com os fãs, além de todo o seu conhecimento artístico e musical de sua obra. É uma pena que no fim não há nenhuma surpresa: o mocinho realmente realmente morre. Infelizmente.

Recomendado para músicos e quem curte a obra de M.J.