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As 34 primaveras de Alexandre Affonso

De um feto, um fato. Fruto de forte e farto enlace, nasceu o pequeno Alexandre Affonso. Uma criança como qualquer outra senão por um detalhe: no lugar do piu-piu, tinha uma lapiseira 0,5. O trauma familiar foi enorme, mas o pequeno pimpolho foi dando novos traços ao seu destino. Toda vez que sentia vontade de dar uma mijada, acabava fazendo uma caricatura na privada. Quando percebeu sua exponencial habilidade, Affonsinho começou a urinar nos muros e assim que balançava o binguelo, uma nova obra emoldurava o cenário urbano. Um verdadeiro Picasso sanitário.
Porém, um dia, nas rodoviárias da vida, num imenso mictório coletivo, do tipo que respinga urina em todo mundo, nosso aniversariante encontrou alguém que mudaria sua vida: Mazzei Mutumbu. Affonsinho que sempre se gabou de sua Faber Castell peniana, se assustou com o tamanho avantajado da caneta Pilot daquele jovem, que pra fazer xixi, precisava subir em um andaime pra não encostar o bigólio no mijador. Alexandre reconhecendo sua inferioridade tocou com a mão suja e molhada no ombro de Mazzei Mutumbu e com toda humildade disse:
– Cacete!
Naquele momento algo incrível aconteceu. Carne e unha, alma gêmea, bate coração, as metades da laranja, dois blogueiros, dois irmãos, decidem colocar seus instrumentos de trabalho num mesmo estojo. A partir dali ambos apontariam juntos seus pincéis para escrever uma das mais lamentáveis páginas da blogosfera brasileira, que atende pelo nome de Nadaver.com.
Enfim, esse é o Alexandre Affonso, um homem dedicado à arte, charge e que devido ao seu talento sobrenatural começou a rabiscar o célebre Papagaio Ciclope manuseando sua própria freada.

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Após se conhecerem, Alexandre e Victor fazem tudo juntos, até na hora íntima do número 2.